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Putin assina decreto que flexibiliza uso de armas nucleares; veja o que muda

Medida é reação à autorização, pelos EUA, de que Ucrânia utilize mísseis de longo alcance norte-americanos. Rússia é a maior potência nuclear do mund...

Putin assina decreto que flexibiliza uso de armas nucleares; veja o que muda
Putin assina decreto que flexibiliza uso de armas nucleares; veja o que muda (Foto: Reprodução)

Medida é reação à autorização, pelos EUA, de que Ucrânia utilize mísseis de longo alcance norte-americanos. Rússia é a maior potência nuclear do mundo. Vladimir Putin discursa durante evento em Sochi, em 7 de novembro de 2024 Maxim Shipenkov via Reuters O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (19) um decreto que amplia as posibilidades de uso de armas nucleares pelas Forças Armadas russas. A medida vem após a notícia de que os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia a atacar o território russo com mísseis de longo alcance norte-americanos, o que o Kremlin considera uma entrada de Washington no conflito. Neste ano, Putin já havia dito que seu país poderia utilizar armas nucleares. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O decreto atualiza a doutrina sobre uso das armas nucleares, formalmente conhecida como "Os fundamentos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear". Com a atualização, a Rússia agora considerará fazer um ataque nuclear se seu território ou de Belarus, país aliado, enfrentem uma agressão "com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial", segundo o texto. A doutrina anterior, estabelecida em um decreto de 2020, dizia que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado. Outras alterações incluem considerar qualquer ataque convencional à Rússia por uma potência não nuclear apoiada por uma potência nuclear como um ataque conjunto. Qualquer ataque com aeronaves, mísseis de cruzeiro e aeronaves não tripuladas que cruze as fronteiras da Rússia também poderia desencadear uma resposta nuclear. "A agressão contra a Federação Russa e (ou) seus aliados por parte de qualquer Estado não nuclear com a participação ou apoio de um Estado nuclear é considerada um ataque conjunto", diz a doutrina. O Kremlin disse que a aprovação é uma resposta "necessária" diante das "ameaças" do Ocidente à segurança do país. "Era necessário adaptar nossos fundamentos à situação atual", declarou o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov. A Rússia é a maior potência nuclear do mundo, logo à frente dos Estados Unidos, mas países europeus como a França e o Reino Unido também possuem arsenais nucleares. ATAQUE PRECISO: os detalhes do ATACMS, míssil americano que a Ucrânia poderá usar para atacar a Rússia ATACMS: os mísseis americanos que a Ucrânia poderá usar contra a Rússia

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